domingo, 14 de agosto de 2016

Sobre Amputações



     Gosto de pensar que ninguém entra na nossa vida ao acaso. Pessoas sempre levam um pouco de nós e deixam um pouco de si. As que tem muita proximidade, impactam em grande quantidade, as que tiveram pouco convívio, deixam marcas menores, mas todas carregam uma “missão” a ser cumprida. Umas entendemos de imediato, outras não. Umas carregamos por toda vida, outras não. E tem aquelas que gostaríamos de carregar por toda vida, mas por motivos diversos precisamos aprender a conviver com a dor da sua ausência. Assistindo um episódio de uma série que acompanho, vi uma personagem comparar esse momento de adaptação como “se acostumar com um membro amputado”. Explicando melhor, seria como se, depois de um grave acidente, você precisasse amputar um membro. É claro que, mesmo inconscientemente, você sabe que uma hora você conseguirá viver sem ele, e conseguirá realizar as tarefas de antes de outra forma. Mas os dias, os meses e até os anos iniciais, são uma tortura. Olhar para o local onde o membro estava há tão pouco tempo, lembrar das suas funções, das sensações que ele proporcionava, daquilo que você conseguia fazer com ele e agora não pode mais é, no mínimo, tremendamente angustiante.
   


     Da mesma forma, ter que se adaptar com a ausência de alguém que por algum tempo foi muito presente, fez parte da rotina, e deixou uma marca tão profunda, é como perder uma parte de você mesmo. Acho que, no fundo, cada um de nós é cheio de “amputações” que a vida nos força a enfrentar, quer seja por distâncias, morte, choques, ou outras circunstâncias adversas. Não é fácil, sempre acharemos que nossa vida era melhor quando éramos inteiros. Contudo, da mesma maneira que ninguém entra na nossa vida por acaso, ninguém sai dela por acaso. Creio que, lá na frente, entenderemos o porquê de algumas amputações existirem, quem sabe para nos produzir amadurecimento, quem sabe até para conseguir valorizar um membro que antes considerávamos tão insignificante. A verdade é que não podemos adivinhar os planos e propósitos de Deus para nossas vidas, podemos apenas crer que Ele sabe o melhor. Sei que no fundo torço também para que, se Ele quiser, restaure alguns membros amputados, pois sei que Deus tem poder para isso. Mas acima de tudo, desejo aprender a lição dada por Ele em cada situação dessa, e desfrutar ao máximo de cada pessoa que é colocada em minha vida.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O que é o amor?



     O que é o amor? No meu ver, amor é se preocupar com o outro, é se importar com os detalhes mais insignificantes da vida da pessoa amada. É ouvir quando o outro precisa falar, é falar quando o outro precisa ouvir. É entender os lados de cada um e se colocar no lugar do outro em momentos de desentendimento. Amor é sentir saudade da voz, do abraço, do cheiro do perfume, do sorriso...

     Não consigo entender o amor da forma como ele tem sido forçado para que a gente engula hoje em dia. Sabe, eu sempre escutei que para alguém te dar valor e gostar de você, era preciso fazer o oposto de tudo o que eu falei antes: não se importar, não se apegar, não se preocupar. Sinto muito, mas não tenho muita paciência para psicologia reversa. Quando eu gosto, eu me preocupo, eu quero ter certeza se está bem, eu realmente quero escutar cada detalhe de como foi o dia da pessoa. Sinto muito se, para os “conselheiros amorosos de plantão” eu não estou agindo corretamente, mas creio que amor se paga com amor, não com insensibilidade.

     Gosto de teatro e de atuar, mas sou estritamente sincera e expressiva quando se trata das minhas emoções. Não consigo simplesmente virar o rosto e não falar com alguém que passei semanas torcendo e esperando para ver. Não consigo fingir que tenho um compromisso e desligar logo o telefone, quando eu quero que a conversa se estenda. O que eu penso é: se fosse comigo, eu não gostaria de ser rejeitada o tempo inteiro.

     Eu sei de toda a história. Sei que dizem que “quando o homem quer, vai atrás, procura e tudo o mais.” Sim, eu sei. E não dou descrédito para a afirmação. Mas mesmo se procurar, acho eu que um homem que realmente goste de mim de verdade não iria ficar feliz em só receber patadas e investidas frustradas. Ele ia querer reciprocidade, assim como qualquer pessoa.

     O mundo (e a igreja também!) tem ensinado às pessoas como se deve amar, como conquistar. Onde está o natural, no meio disso tudo? Onde está o “ser você mesmo?” Cadê o espaço para a pessoa amada se apaixonar pela sua essência, pelo seu caráter, não pelo que você está fazendo exatamente afim de conquistar, mas não é você de verdade? Conselhos cada vez mais nos deixam confusos, do que nos orientam, quando se trata de amor. Concordo que o amor não é puramente emocional, precisa ser pensado, racional, pé no chão, com atitudes equilibradas, mas....Também não é puramente lógico! “Se eu fizer isso, ele vai sentir falta, se eu fizer aquilo, ele vai me amar” Acho isso tão cansativo. Pode ser minha opinião, simples e apaixonada, mas eu creio em um amor, em um romance, que flua. Sem táticas de conquista, sem máscaras, sem fingir ser quem você não é, sem pensar demais. Algo que evolua naturalmente, porque um homem e uma mulher gostam tanto da companhia um do outro, e desenvolvem uma amizade tão linda e tão prazerosa, que em um belo momento percebem quão maravilhoso seria ter essa pessoa ao seu lado pelo resto de sua vida, todos os dias, como marido e mulher. Isso é amor para mim.


     Acredito que Deus também não criou o amor para ser algo complicado demais. Veja o primeiro casal, Adão e Eva. Não houve técnicas de conquista, jogos de sedução, fingir que não se importa ou qualquer outra coisa que temos hoje. Foi algo simples, romântico, um encontro que impactou a vida de ambos, que fluiu naturalmente e foi abençoado por Deus. Eu sonho com isso para minha vida. Pode parecer loucura, muitos vão dizer que jamais irei encontrar alguém se não “jogar no jogo do amor”. Mas quem disse que o amor precisa ser um jogo? Quem disse que quero ganhar ou perder? Quero apenas que o Senhor seja o maravilhoso escritor do meu romance, e que o Espírito Santo seja o meu cupido, nada mais. Então eu saberei que encontrei o amor de verdade.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Qual o tamanho do seu problema?


Uma vez, vi em um filme algo que me chamou a atenção. Um dos personagens dizia que, quando você pede algo a Deus, a exemplo da paciência, Ele não te dá pronta, Ele te coloca em situações de confronto onde você precise de paciência, para que você possa, aos poucos, adquiri-la.

Eu sempre quis ser vista e lembrada como uma mulher sábia. Ultimamente, sempre pedia a Deus que me concedesse sabedoria, mas por um momento eu me esqueci do conselho acima. Quando menos percebo, várias pessoas, de uma só vez, me procuram para conversar, contar seus problemas, suas dificuldades, cada uma mais complicada do que a outra, e pedir meus conselhos. Eu nunca fui o tipo de pessoa que tem a palavra na ponta da língua para consolar alguém, mas eu precisava ajudar aos que necessitavam de mim, precisava ser sábia para aconselhar à luz da palavra de Deus.

Contudo, Deus tem me usado e me capacitado de uma forma que só Ele sabe. E entrando em contato com inúmeros problemas de várias pessoas, percebi alguns erros comuns, mas que não podem existir, e é esse o tema que eu gostaria de tratar hoje.

  1. “Deus me abandonou!”

O primeiro erro que é observado é um sentimento de abandono: ou você acha que Deus te abandonou, ou acha que tudo o que está acontecendo foi porque você o abandonou. É preciso entender que NUNCA acontecerá a primeira suposição e que nem sempre está acontecendo a segunda. Muitas vezes, Deus está testando a nossa fé nEle, a nossa fidelidade nos momentos difíceis. Ele veio para aliviar as nossas cargas, tomar de nós as nossas incertezas e dificuldades, e dar a direção correta das nossas vidas.

“E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” Mateus 28:20b

Olha que promessa maravilhosa! Jesus prometeu estar conosco, estar ao nosso lado TODOS OS DIAS! Ele não te abandonou e muito menos é a causa do seu problema, pelo contrário: Ele é a SOLUÇÃO!

2. “Esse tormento nunca vai acabar!”

Outra afirmativa que escuto bastante é essa. “Isso está longe de terminar! Cada dia piora, eu sou azarado (a), isso não vai ter fim, esse deserto se instalou de vez na minha vida...” Isso não é verdade! Nenhum deserto dura para sempre, nenhuma chuva é eterna. Esse é o momento que Deus te dá para nos achegarmos a Ele e para que Ele trabalhe nossas vidas nos momentos de dor e de tribulação. Os vales, desertos, mares, chuvas, são passageiros. Os leões, como gosto de chama-los, não vão nos devorar, pois perto do Deus que nós seguimos, eles são como filhotes de gatos sem garras e sem dentes! No findar disso tudo, a bênção e a vitória serão como um arco-íris no nosso céu, como um oásis, como o topo de uma montanha. Basta confiar em Deus e prosseguir.

“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” Jó 42:2

3. “Posso sair dessa sozinho!”

Péeeeeee! Errado! Um dos maiores erros que se pode cometer é achar que você pode sair desse problema sozinho. Você não é nenhum super-herói/heroína, você não tem controle sobre tudo e a sua força, sozinha, não é nada! Mas coloque-se debaixo da vontade de Deus, deposite seus problemas, seus anseios, suas dificuldades nas grandiosas mãos dEle, que aí veremos uma imensa diferença. Assim sim, a vitória é CERTA! Mas temos o horrendo costume de apenas recorrer a Deus quando já tentamos de tudo sozinhos e não conseguimos. Então afirmamos a célebre frase “agora só Deus!” e colocamos nas mãos dEle. Tão fácil seria se tivéssemos depositado nossa fé em Cristo desde o início...

“Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” 1Pedro 5:7

Uma vez ouvi uma mensagem tremenda em cima desse versículo, que dizia a respeito do verbo “lançar”. Quando você lança algo, você reúne toda sua força, para jogar algo o mais longe que você puder. Isso é lançar. Então quando dizemos “Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade...” não quer dizer apenas colocar, não quer dizer deixar nas mãos de Deus, mas se preocupar , se estressar e sempre pensar no problema. Significa realmente jogar o dilema o mais longe possível de você, porque Ele cuida de nós.

Qual o tamanho do seu problema? Quantos são? São impossíveis? Não importa! Não há dilema maior do que o nosso Deus, não há NADA que Ele não possa fazer e todas as coisas cooperam para o bem daqueles que o amam. Agora pode estar sendo difícil, sufocante, insuportável, lá na frente, entretanto, você olhará para trás e perceberá o agir tremendo de Deus na sua vida nesse momento de deserto. Você perceberá que superou os leões e saiu da cova melhor do que antes, verá os inúmeros livramentos que Deus te proporcionou e finalmente entenderá que Deus nunca te abandonou, que a tribulação é passageira e que sozinho, você nunca conseguiria passar por ela.

Espero que tenha tocado ao coração de vocês. Demorei um tempo para voltar a escrever, mas Deus tem me trabalhado muito, para que eu sempre possa dar o meu melhor para Ele e estar atenta ao que Ele quer que eu escreva. Acho que o tamanho do texto vale o tempo que fiquei off, né? XD aushaushaush

Um grande abraço, fiquem com Deus!

Thaís Oliveira Brito

P.S: estou colocando o vídeo de uma das músicas que mais gosto, e que sempre toca o meu coração quando a escuto, espero que também toquem no de vocês!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sobrevivendo à Cova



Texto Base: Daniel 6 (gente, desculpa não colocar o texto completo aqui, mas como o texto é enorme e muito conhecido, coloquei só a referência para não espantar as pessoas que visitam o blog! aushaush)
Ao pensar em um leão, qual ou quais as palavras que te vêem à mente? Feroz, selvagem, forte, imponente, grande? Não importa qual definição você use para caracterizá-lo, garanto que dificilmente gostaria de enfrentar algum desses.

Na Bíblia lemos que Daniel era um servo fiel de Deus. Era um profissional e um homem exemplar, causando inveja aos que o cercavam. Injustamente, foi jogado em uma cova com leões e lacrada a entrada da caverna, para não poder fugir.
Muitas vezes passamos por situações semelhantes à de Daniel. Somos jogados em uma cova com leões que querem nos destruir e precisamos enfrentá-los. Esses leões, ou desertos, ou gigantes, são as grandes dificuldades e tribulações que necessitamos vencer em determinados momentos da nossa vida. Você olha para os lados, muitas vezes percebe que não há saída e que os leões se aproximam. Somente Deus, o teu Deus, como disse o rei Dario, pode te livrar deles.

O que mais Daniel fazia antes de ter que sobreviver à cova e garanto que o que mais ele fazia quando estava lá, era orar. Portanto ore sem cessar, interceda, clame a Deus, que é o único que pode te ajudar verdadeiramente. Creia que Deus está no controle da sua vida e que a Sua vontade é boa, perfeita e agradável, pois ela é! Se confiarmos em Deus de verdade, Ele nos trará socorro.
Deus não permitiu que Daniel perecesse. Ele ouviu sua oração e fechou a boca dos leões, tornando-os inofensivos. Há um texto muito bom que eu li um dia desses no blog não morda a maçã, que fala sobre a história de um leão sem dentes. Um homem havia sido contratado por um circo para alimentar os animais, só que, para testar a coragem do empregado, o colocaram para alimentar primeiramente o leão. Receoso, o homem vai fazer o serviço, enquanto o dono do circo olha a cena. Ao se aproximar do leão, este ruge e tenta morder o empregado, que desesperado olha para o dono do circo e pede explicações. O dono, caindo na gargalhada, explica que o leão é velho, sem dentes e sem garras, portanto inofensivo, só que o trabalhador não sabia disso. Conosco é da mesma forma. Nossos problemas, por maiores que possam parecer, não passam de leões inofensivos se estivermos juntos de Deus nessa batalha. Ele nos ajuda a ultrapassar as dificuldades, fechando a boca dos leões, tirando duas garras e seus dentes para que, sob a proteção dEle, possamos então superá-los. Deus nos afirma em Salmos 91: 13.14 (Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente. Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.) que os que se apegam a Ele com amor pisará o leão e a serpente. Com uma palavra desta, como ainda temer? A manhã chegará, a porta da cova será aberta e todos verão que você sobreviveu! "Não temas" é uma frase dita 366 vezes na Bíblia. Então, porque ainda você teme? Creia em Deus, ore, confie nEle e terá a vitória.

Um grande abraço!
Thaís Oliveira Brito

P.S: Meus queridos leitores, agora estou com uma página própria do Palavra laureada no Facebook! Na coluna direita do blog os que usam a rede social podem "curtir" a ajudar a divulgar o blog! Desde já agradeço a todos! Deus os abençoe!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Calçando as Sapatilhas


"Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu." Romanos 5:3-5

Nunca fiz balé, mas acho lindo! Muitas vezes converso com minha prima sobre isso, já que ela faz aulas há alguns anos e não abre mão delas por nada. Um dia ela veio contar-me com um sorriso enorme que entraria na turma de sapatilhas de ponta, um estágio que necessita de extrema dedicação e perseverança. Perguntei-a se não tinha medo de deformar os pés, como acontece com muitas bailarinas. Ela apenas disse, com os olhos brilhando: "Balé é o que eu amo fazer! A dor é o que menos importa!"

Levando para um sentido mais amplo, quem dera fossemos como bailarinas quando se trata das coisas de Deus. Como seria bom se o nosso amor e a nossa dedicação por estar dentro da obra e dos planos de dEle fossem tão grandes que nem nos importássemos com as tribulações! Uma bailarina precisa ser dedicada, perseverante, precisa colocar como meta superar os obstáculos e necessita amar aquilo que faz! As dificuldades, as quedas, as bolhas nos dedos e as deformações nos pés surgem para dar a elas resistência e experiência.

A Palavra diz que as tribulações produzem perseverança; a perseverança produz experiência; e a experiência, esperança. Da mesma forma que uma bailarina passa pelas dificuldades, mantém perseverança, constrói sua experiência e continua na esperança de aperfeiçoar-se, assim devemos ser! Não devemos desistir na primeira queda, não podemos resmungar e desanima à primeira bolha. Pessoas virão para te ajudar, como da mesma forma virão os que tentarão te fazer desistir. Desistir dos seus sonhos, da sua vida, de Deus.

Ah, quantos caem por desistirem dos planos de Deus! Acham que é dEle a culpa pelo que estão passando, e ignoram o fato de que somente Ele é a solução! A Bíblia também diz que o amor de Deus foi derramado no nosso coração, que nos dá a esperança. Tendo consciência e se entregando a esse amor, poderão vir as quedas, os tombos, deformações, o que for, teremos sempre a certeza de que Deus está conosco, ajudando-nos a levantar e incentivando-nos a continuar! Tudo isso para que, lá na frente, possamos entrar no palco, desempenhar nosso papel e recebermos a vitória!

Sejamos mais apaixonados pela obra de Deus, nos entreguemos mais aos seus braços, tendo certeza que as tribulações devem nos aperfeiçoar, não nos fazer desistir. Que nós não venhamos a desistir de nós mesmos, dos nossos sonhos, nem penduremos as chuteiras sapatilhas. Vamos seguir em frente, calçar nossas sapatilhas, perseverar e crer em Deus, sempre. O palco está a nossa espera!

Um grande abraço!

Thaís Oliveira Brito




segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Senhor, apenas... Obrigado!

Oie de novo! Hoje eu quero falar sobre algo que muitas vezes passa despercebido por nós, ainda mais levando em conta o estímulo que nossa sociedade nos dá para certas coisas erradas: a importância de agradecer! Já parou para pensar no quanto somos parecidos com uma criança quando vai a uma loja de brinquedos com o pai? A cada prateleira que olhamos, viramos para o pai e pedimos o brinquedo. Parecemos um disco arranhado, sempre dizendo: Papai, me dá isso? Me dá aquilo? Isso é muitas vezes o que fazemos com Deus, nosso pai supremo.
Você pode dizer: ah, mas muitas dessas crianças são mimadas, não aceitam um não e pedem tudo o que vem pela frente. Humm, isso quer dizer que sempre que você quer alguma coisa e Deus te dá um não você aceita numa boa? Você não sofre com isso?
O problema é que temos a infame mania de focar mais nas nossas perdas do que nas nossas vitórias! Todos os dias Deus nos dá inúmeros presentes, a começar por mais um dia de vida, e muitas vezes só sabemos dizer: Deus, me dá isso, me abençoa naquilo, etc. Nenhum de nós faz ideia da quantidade de livramentos que Deus nos dá por dia, da quantidade de proteção que Ele deposita em nós, mas cada vez mais nossas orações estão focadas no que precisamos e não no que temos.
Há um tempo atrás, minha mãe vivia brigando comigo porque eu resmungava demais. Tudo para mim era um problema. Um dia ela me deu uma bronca tão grande que me senti altamente envergonhada perante Deus. Chorei bastante dentro do meu quarto, prometi que daquele dia em diante eu iria procurar ver sempre o lado bom das coisas, ou pelo menos esperar um pouco até Deus me mostrar o porquê de algo que eu não esperava estar acontecendo. Conversando com uma amiga minha um dia desses, pude perceber o quão Deus é maravilhoso e misericordioso comigo em ter me dado alguns "nãos", pois eles se tornaram grandes livramentos na minha vida.
Deus não vai te recriminar porque você é "pidão demais", porém garanto que Ele ficará contente se você demonstrar que está sujeito à vontade dEle e que reconhece as maravilhas que Ele faz em sua vida TODOS os dias.
Todos passamos por problemas, todos passamos por dificuldades, mas elas são passageiras! Deus é tão amoroso conosco, que não permite que nossas cargas sejam superiores ao que conseguimos carregar. Não diga que sua vida não presta, ou que nada te alegra. Confie em Deus, acredite nEle e sejamos como Jó, que mesmo tendo sido testado e retirado quase tudo que tinha, nunca amaldiçoou a Deus e sempre acreditou na sua misericórdia.
Dessa vez vou terminar de uma forma diferente. Vou terminar o texto com uma pequena oração e espero que os que leiam sejam tão edificados quanto eu estou sendo em escrever o que Deus me incomodou no coração para redigir hoje. Que Deus os abençoe!
"Querido Deus, grandioso pai, muito obrigada por todas as maravilhas que tu colocastes na minha vida. Obrigada pelos livramentos visíveis e invisíveis que tu destes a mim hoje, obrigada por ter me incomodado para escrever esse texto e obrigada pela vida que tu me destes! Em nome de Jesus, Amém."
P.S.: Um grande abraço!
Thaís O. Brito

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Espelho quebrado - Quando achamos que somos o que não somos!


Ultimamente eu venho escrevendo com menos frequência em decorrência da correria que está minha vida na faculdade (ou então porque ando sem ideias sobre o que escrever) mas espero que todos me perdoem por isso! Amo escrever, e o fato de ser obrigada a deixar de publicar sempre me deixa pesarosa, mas aqui estou eu escrevendo, então vamos lá!
Eu estava com minha prima conversando hoje, olhando algumas fotos que eu sempre salvo no computador para que me sirvam de base para algum texto futuro, e comentando sobre algumas. Quando passei pela foto acima, me voltou a mente o motivo pelo qual eu a havia guardado, então decidi escrever sobre isso. Muitas vezes ouvimos sobre o quão é importante nos valorizarmos, sempre nos olhar como pessoas lindas, poderosas, influentes, inteligentes e isso é importante. Porém, muitas vezes a cultura exacerbada do hedonismo que predomina na nossa sociedade acaba por distorcer certos valores, incentivando uma vida egoísta, egocêntrica e individualista. É aí onde mora o perigo!
Deus nos fez perfeitos! Ele nos olha como sendo obra-prima da sua criação, portanto, isso nos
leva a crer que não devemos ficar nos questionando sobre o porque de não sermos mais altos, mais magros, ou mais "bonitos", já que Deus tem um plano para nós que está intrinsecamente conectado com a aparência e com os dons que Ele nos deu! Se somos bons em aconselhar as pessoas mas não conseguimos falar em público, não há porque sentir inveja de quem possui tal dom ou questionar os planos de Deus por causa disso! Nós somos perfeitos da forma que somos!
Contudo, não é esse o enfoque que eu queria dar no meu texto. O verdadeiro ponto ao qual eu quero discorrer é mais relacionado ao oposto disso, quando começamos a pensar que somos melhores do que os outros, por sermos considerados mais bonitos perante a sociedade, mais inteligentes perante a ala intelectual, mais puros perante a ala religiosa e assim por diante. A própria Bíblia diz várias vezes que não passamos de pó. Somos um contraste tão complexo que somente Deus é capaz de nos entender, pois Ele é o nosso criador! Ao mesmo tempo que somos perfeitos e belos, somos imperfeitos e falhos. É por isso que devemos sempre buscar a humildade, buscar o equilíbrio e a tão conhecida modéstia.
Ah Thaís, você fala como se tivesse direito de "puxar a orelha" de todo mundo e dizer o que deve ou não fazer! Não é essa a minha intenção, porque sei muito bem que todas as vezes em que escrevo, eu mesma acabo refletindo e recebendo o tal "puxão". O que eu quero não é aconselhar ninguém a viver pessimista, se achando pior que todo mundo, mas consciente de quem é! Que Deus te fez perfeito, mas que você é falho! Que você é assim por um propósito e não cabe a você se vangloriar por suas qualidades!
Acredito que seríamos bem mais felizes se parássemos de nos preocupar com a aparência que temos mediante os moldes dados pela sociedade. Viver ciente de quem é, ciente dos seus defeitos e qualidades, procurando sempre melhorar, nos protege de virarmos um gato que pensa que é um leão, ou um leão que se olha no espelho e enxerga um gato!
Um grande abraço!
Thaís O. Brito

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Pretérito - 1º Capítulo

Genteee, olha eu aqui, não disse que ia voltar a escrever?? Pois bem, na verdade, eu queria muito postar algo, mas não sabia ao certo o que deveria pôr. Só que, mexendo no meu notebook, achei algo que sem dúvida eu considero como meu xodó, e queria compartinhar com vocês um gostinho: meu livro! Claro que não o colocarei todo aqui _ ainda mais levando-se em consideração que eu não o terminei _ mas deixo o primeiro capítulo de um trabalho árduo e muito estimulante para mim, espero de coração que gostem!
P.S: As pessoas que mais me conhecem insistem em dizer que eu sou a personagem principal. Queria frisar que não sou, apenas é impossível que eu não passe nada de mim para ela, afinal de contas, sou eu quem a criou!

Então, ela rompe corredor adentro, de modo frio e insensível. Elegante até. O barulho do salto alto, ao mesmo tempo em que é mínimo, é o único presente naquele corredor da morte, o mesmo corredor onde talvez as piores pessoas do mundo passaram, trazendo a destruição e o desespero. Ela sabia que era a única capaz de mudar isso, a única capaz de trazer a paz novamente.

Ela sabia que o poder estava em suas mãos.

Não podia desapontar a todos.

Não podia dar-se esse luxo.

Já tinha ido tão longe, já havia enganado a todos. Guardas, cidadãos, policiais, generais, e mais outros que entraram em seu caminho. Não poderia ser tão difícil terminar com isso. Todos foram tão tolos em não enxergar a verdade na frente do próprio nariz, porque agora seria diferente?

Enquanto andava, pensava apenas na sua responsabilidade, e que, o que estava prestes a fazer, poderia custar muita coisa.

Até sua vida!

Medo? Talvez, no fundo, ela estivesse, sim, sentindo medo, mas isso era algo que nem sobre a pior tortura ela admitiria, pois precisaria estar com o sangue-frio, mais frio do que aquele o qual ela enfrentaria, aquele o qual ela tinha a missão de derrotar, de encurralar e de mostrá-lo que o feitiço virou contra o feiticeiro.

Respirando normalmente, mas de vez em quando sentindo que a tensão que pairava no ambiente era tamanha que se esquecia de respirar e então soltava o ar de forma intensa, ela para sobre uma porta onde está incrustada o símbolo que era religioso há alguns anos atrás, mas naquele momento era algo que todos como ela temiam, e que a maioria fugiria.

Mas não ela.

Abrindo a porta de modo firme, ela rompe o silêncio mortal com o ranger que ela provoca. Como um ambiente subterrâneo conseguiu expandir dessa forma, ela nunca entenderia. Ao entrar, o que mais lhe chama a atenção, além de um ambiente improvisado em uma sala pequena que sugeriria uma assembléia militar, vê uma mesa, dando de encontro á uma parede com o mesmo símbolo que encontrara na porta, e um exemplar de capa vermelho vivo de Mein Kampf na extremidade da mesa.

E segurando o livro, estava o pior pesadelo do seu povo.

Afinal, ela era judia.

E agora seu confronto iria começar.

De modo totalmente sincronizado, ele percebe pela presença dela, levanta os olhos do livro, de um jeito entediado, mas sereno, e se volta para ela, como se já esperasse pela sua visita, mas isso era impossível. Ele se levanta, coloca o livro aninhado nos braços, como se fosse um filho, e caminha em sua direção, com expressão vazia.

Cada segundo era como uma faca que lhe feria o corpo.

Mas então ele se aproxima cada vez mais, mudando sua expressão á cada passo em que se direciona á ela, mas Sophia sabia que era apenas mais uma de suas artimanhas para afugentar e amedrontar aqueles que não caíram aos seus pés. Não seria á toa que os truques de oratória que esse monstro era capaz de fazer havia levado muitos á loucura de seguir seus ideais. Ela sabia, e no momento em que estava cara a cara com ele, seus rostos realmente se transformaram, ela era a Judia que colocaria um fim no Nazismo, e ele era...

PÉEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEM

___ AHHH!___ pulei da cadeira ao ser despertada e perceber que eu não estava em Berlim, e não era a judia que colocaria um fim no nazismo, mas era apenas eu, Sophia Videira, uma garota tímida de 16 anos em que a única coisa a qual é capaz de salvar é a si mesma de ficar em recuperação do colégio.

Ah, comentei que estou no colégio agora?

Pois é, eu estou!

E agora a sala inteira olha para mim com cara de espanto, procurando, ao modo de cada um___ o que não quer dizer lá coisas boas___ saber qual é o meu problema.

Pois é, eu também gostaria de saber.

___ Tudo bem pessoal, por hoje é só. Estão liberados. ___ Enquanto o professor fala, pouco a pouco meus colegas de classe vão parando de me encarar e seguem em direção á porta, e minha melhor amiga (e única) Nicole Amorim, uma garota linda, com cabelos curtos desfiados na altura da nuca e ruivos naturais, olhos verdes e sardas quase que imperceptíveis, o que dá a ela

um charme incrível, além de ser alta e com um corpo perfeito, vêm em direção á minha carteira, com aquele ar de mãe compreensiva que eu conheço muito bem:

___ Alo-ou? Terra para Sophia! Em qual mundo sua cabeça estava, mocinha?

___ Não, não. Só estava tão concentrada na aula que tomei um susto quando o sinal tocou.

___ OK, vamos fingir então que eu não acredite nessa sua história, e que agora você resolve me contar a verdade! Qual o motivo da sua viajada legal na maionese?

___ Nenhum em especial, estava apenas lembrando da briga que tive com minha irmã ontem. ___ Menti, confiando na minha capacidade de parecer tranquila e cruzando os dedos para que Nicole não insistisse no assunto ___ Estava pensando em uma forma de me reconciliar com ela, e você sabe como é minha irmã. Se eu não pedir desculpas, ela nunca dará o braço á torcer!

___Hum, eu sei. Desejo-lhe sorte então! Acompanha-me até a saída?

___ Tudo bem.

Então, nos dirigimos a saída, falando sobre coisas banais, ou melhor, minha amiga falava e eu só acenava com a cabeça para mostrar que eu entendia e que dava atenção ao que ela dizia. Mas isso é o meu normal: silenciosa e quieta.

Minha mãe me aguardava no carro, com minha irmã Ester sentada no banco traseiro. Ester é apenas um ano mais nova do que eu, e se você analisar essa situação, isso ás vezes pode ser bom ou ruim. É bom ter uma confidente em casa, ter alguém para desabafar a qualquer hora.

É, seria legal.

Se nós não fôssemos completamente diferentes.

Na maioria do tempo me sinto uma deslocada. Enquanto minha mãe dirigia e perguntava como foi o meu dia, eu murmurava um “normal” e me perdia olhando pela janela, apenas com o eco da voz da minha irmã contando minúcias do seu dia de aula. Seus cabelos cor de amêndoa, extremamente lisos eram jogados de um lado para o outro enquanto ela falava,piscando seus olhos castanhos cor de chocolate de modo sincronizado, totalmente empolgada, totalmente... O meu oposto.

Já havia cansado de contar quantas pessoas estavam com a farda do meu colégio para me distrair quando enfim chegamos em casa. Minha casa fica situada em um bairro tranquilo, calmo, mas nem por isso escapa das preocupações sobre segurança da minha mãe. Nossa residência possui primeiro andar, com duas varandas, uma no meu quarto e outra no quarto de Ester. Não gosto muito de contestar decisões e virar a garota rebelde, mas ter uma varanda só minha sempre foi um dos meus sonhos, e quando minha mãe perguntou o que queríamos na nossa nova casa foi a primeira coisa a qual eu quis. Não é preciso comentar que minha irmã quis o mesmo, não é? Foi um trabalho enorme para o engenheiro conseguir uma casa com duas varandas de boa vista sem que ela parecesse um ÓVNI*, mas sei que ele fez um bom trabalho.

Corri para o meu refúgio particular, abri as cortinas e fiquei olhando a vista da nossa enorme rua arborizada á minha frente, com a torre da catedral vista ao fundo. Joguei-me na cama como estava e tirei os tênis com os próprios pés, deixando-os cair no chão sem fazer idéia de aonde eles iriam parar. Depois comecei a repassar em minha cabeça tudo o que havia acontecido no dia, e lembrei-me da minha fantasia sobre a menina que salva o mundo dos desastres históricos! Sophia: A invencível.

Ah tá, conta outra!

Só em sonhos mesmo!

Ri da minha própria insignificância enquanto ia aos poucos caindo no sono. Totalmente vestida com a farda do colégio, e com as meias nos pés, adormeci.

E sonhei.

Sonhei que estava na Grécia Antiga, mais precisamente em Atenas, ou pelo menos era isso o que parecia. Estava em um lugar aonde era perfeitamente igual ás gravuras dos meus livros de História aos quais eu amava tanto. Ornamentos dos mais trabalhados, pilastras daquelas que hoje em dia só existem em ruínas, mas estas estavam perfeitas, pessoas com roupas totalmente diferentes das quais eu estava costumada a vestir, e logo á minha frente estava um aglomerado de homens falando alto. Resolvi me aproximar e observar o que estava acontecendo.

Homens com extrema eloquência debatiam política em um espaço aberto, rodeado por algumas pilastras e algo parecido com bancos. Acho que já vi isso em algum lugar, mas não me lembro o nome disso. Algo como... Lagoa, não... Mágora, não... Anágora?

LEMBREI! Ágora!

O lugar aonde os Cidadãos de Atenas se reuniam para debater Filosofia e Política.

Hum, estou sonhando que estou em Atenas na época de seu apogeu, que massa!

É, minhas aulas de História e minhas leituras estão firmes em minha cabeça mesmo nos sonhos. Que maravilha!

Aproximei do aglomerado de homens e comecei a ouvir o que eles falavam, quando de repente um a um pararam e começaram a me encarar___ Incrível como não importa onde eu esteja, sou sempre encarada por um grande grupo de pessoas ___ Até que, o que parecia ser o líder deles, gritou para mim com voz nem um pouco amigável:

___ O que fazes aqui, mulher? Onde estás teu pai e teu marido?

___ Não estão aqui senhor, apenas quis ouvir o debater dos senhores.___ Tentei entrar no papel e falar de acordo com o que deveria ser o modo de falar local, mesmo sabendo eu que, como isso é um sonho, não há necessidade disso.

___ Como pode, uma mulher, querer ouvir o debater de homens? Deveria estar com as outras no Gineceu, á tecer e fazer coisas dignas da tua espécie.___ O que parecia ser o mais velho deles falou, seguido por um murmúrio de aceitação dos que estavam a sua volta.

Alo-ou. Dignas da tua espécie? Quem ele pensa que é? Não existe mais isso hoje em dia. Existe uma coisinha hoje chamada direitos iguais! Será que ele não sabe o que é isso?

Se bem que, naquele tempo uma mulher era pior do que lixo.

Que sonho maravilhoso o meu, não? Olha aonde eu parei dessa vez!

___ Deves ser como as desertoras, que fogem de suas responsabilidades! ___ Gritou o que estava ao meu lado. Nossa, para um sonho, eles falam muito alto!

___ Não, não ___Tentei, falar, mas ninguém me ouvia.

___ Peguem-na! ___ Gritou o líder. E nessa hora, sabia que não adiantava tentar falar. Apenas murmurei um “droga” e corri. Corri como nunca na vida, chocando com as pessoas que encontrava no caminho e saindo em disparada, só ouvindo os gritos das vozes masculinas atrás de mim. Eu sabia que estava em um sonho, e que, não importasse se eles iam me pegar ou não, eu iria acordar de qualquer maneira, mas algo mais forte me mandava evitar que eles me pegassem. Enquanto corria, desesperada, coisas começaram a passar raspando ao meu lado, com uma velocidade surpreendente. O que eram aquilo? Flechas?

Eram sim, flechas.

Uma delas me pegou de raspão e cortou o meu braço, mas eu não podia parar e sentir a dor. Precisava engolir o choro que surgiu mesmo sem eu querer e correr, correr mais. Porque eu não acordava? Esse sonho já deu, vamos para outro! O sangue escorria pelo meu braço, minha visão começava a embaçar e minhas pernas latejavam. Corri até um beco e me escondi ali, quando de repente, senti uma mão tapar minha boca e me senti sendo puxada.

Então eu acordei.

Enquanto ofegava, de volta ao meu quarto, percebi que tudo não havia passado de um sonho ruim. Eu estava deitada no meu quarto, com a farda do colégio, a porta da varanda aberta dava para a vista da minha rua e eu ouvia o som da voz da minha mãe chamando-me para almoçar. Tudo estava bem. Mas de repente senti uma dor aguda no braço.

E quando olhei, ele estava cortado.

Um corte que só poderia ser feito por uma flecha.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Agradecimentos e Desculpas


Em primeiríssimo lugar, quero dizer aos meus leitores, que há pouco soube que tinha, que me perdoem pelo tempo em que estou sem postar nada de novo aqui no Blog. Antes eu estava postando praticamente todos os dias, em prol de algo que chamamos de greve de Universidades Estaduais. Agora, com o retorno das aulas, com provas para estudar, seminários para apresentar e sem ideia de assunto para escrever, acabei deixando infelizmente meu PL um pouco de lado.
Agradeço primeiramente áquele que me permitiu ter esse dom, meu querido Deus. Agradeço demais aos meus grandes amigos, que sempre estão me apoiando e me incentivando nessa minha louca mania de escrever, vocês são uns amores! Agradeço ao apoio da minha família, muito obrigada tia Suely e Tio Célio por sempre estarem lendo e me encorajando! Não sabem o quão edificante isso é! Obrigada a todos os que lêem sem que eu saiba, mas que estão sempre esperando novidades.
Vou fazer um pacto de postar algo de consistente e novo o mais rápido possível, mas como eu aprendi na Faculdade que um pacto não necessariamente precisa ser cumprido (culpa do Direito, não minha!) não tenho certeza se poderei estar realizando essa minha vontade. Peço ajuda de todos para que me enviem sugestões de temas, algo que me dê uma luz e que me empolgue para publicar.
Um grande beijo a todos!!
Thaís O. Brito

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Anjos sem asas

Hoje eu tive a oportunidade de participar do grupo familiar de jovens da minha igreja e desfrutar de uma palavra altamente edificante. Comecei a refletir muito no sentido de que muitas vezes nos sentimos orgulhosos, achamos que somos inteligentes, bondosos, temos caráter, essas coisas. Porém exatamente nesses momentos Deus manda alguém para a sua vida que te faz perceber o quanto você não é nada. Hoje tive a oportunidade de interagir e observar pessoas que fizeram meu orgulho se enterrar debaixo do chão. Não digo que essas pessoas apareçam para te colocar para baixo, digo que elas existem para que você se espenhe e decida melhorar, decida alcançar o que essas pessoas alcançaram. Sei que pode ser muito difícil e quando falo isso digo por mim mesma também.
Em contrapartida a isso, ao mesmo tempo que aparecem pessoas que te lembram que você não é melhor do que ninguém e que sempre há muito o que ser melhorado, pessoas aparecem nas nossas vidas e nos dão aquela palavra que precisávamos ouvir, dão aquele apoio quando estávamos prestes a desistir e ninguém nos dava atenção.
Pessoas assim não se dão conta muitas vezes do que fizeram por nós, muitas vezes nem amigos eram. Talvez se tornem, talvez não. Tais pessoas são de uma preciosidade tão grande que só quem passa por uma situação como essa sabe do que estou falando.
Várias pessoas passaram na minha vida em momentos difíceis, sendo usadas por Deus como anjos, anjos sem asas. Todos os dias Deus se compadece de nós e nos manda anjos, quer seja para nos falar algo que estávamos precisando ouvir, para nos mostrar a letra de uma música que nos toque ao coração ou apenas para com seu exemplo de vida nos ensinar inúmeras lições.
Que todos possam estar com olhos e ouvidos abertos para receber as mensagens que esses anjos abençoados por Deus querem nos dar.
Um grande beijo!
Thaís O. Brito
"Em cada passo que eu der, em cada estrada que eu trilhar
Todo caminho que escolher a Sua mão me guiará
E cada vez que eu desviar, Senhor me ajude a Te encontrar
Pois cada vez que me chamar, eu quero seguir."

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fama Vaga - Bem Sucedido... Até que ponto? Parte 2


Ontem eu estava indo almoçar com meus pais quando vi de relance uma fila enorme na frente do centro de convenções da minha cidade. Quando o carro foi se aproximando do local, percebi ao fundo um caminhão enorme com o nome de uma agência de modelos.
Nesse exato momento tive dois choques: primeiro, o que tantas garotas bonitas faziam enfrentando uma fila debaixo do sol em pleno Domingo e dia dos namorados? Segundo, e pode ser meio ingenuidade minha, mas mesmo assim me chocou, ainda há garotas que se desesperam para quererem ser supermodelos e aparecerem na mídia?
Meu pai diz que tudo isso é em decorrência das propagandas, da televisão, dos meios de comunicação. Não sei se concordo totalmente, porque os mesmos meios que mostram uma vida idealizada de modelos, cantores, atores, também mostram casos alarmantes de disturbios alimentares e os problemas gerados pelo excesso de fama. Mesmo assim, meu pai tem razão.
Analisemos, no entanto: o que leva então uma garota linda a perder sua vida em busca de uma promessa vazia, que pode acarretar numa história de sucesso profissional, em detrimento da sua vida pessoal e da sua saúde? Porque ainda há pessoas que se sacrificam para alimentar o perfil de beleza imposto pela mídia, se todos sabemos que ele não traz benefício nenhum?
As pessoas muitas vezes se desesperam para ter a roupa de tal marca, comerem em tal lugar, usar tal acessório, porque "fulano" apresentador disse que era bom, porque na televisão mostra que vale à pena. Será? Se somos todos diferentes e isso não se discute, porque estamos começando a virar marionetes idênticas que funcionam mediante o que a mídia nos impõe? O que há de errado em sermos individuais, em sermos bonitos por um sorriso que oferecemos e não pela roupa que usamos? O que há de errado em ser feliz sem precisar viver em depressão porque sua aparência não se enquadra à daquelas pessoas em uma revista?
Sêneca, grande filósofo, citou certa vez a frase célebre "carpe diem", ou seja, viva a vida intensamente, viva cada momento, mas viva com sabedoria. Depois disso, várias pessoas usaram e usam a mesma frase, mas muitas vezes só é da boca para fora. Quando é que as pessoas vão se cansar de desperdiçarem suas vidas em prol de algo vazio? A beleza de alguém, a importância da sua vida, seu grau de sucesso vai além da sua aparência física, da profissão que ela exerce ou da quantidade de dígitos na conta bancária. Você pode me dizer: já cansei de ouvir isso, é até óbvio já! Se é, porque ainda é tão difícil entender?
Desejo uma vida cheia para todos!!
Thaís O. Brito

sábado, 11 de junho de 2011

Destino traçado?


"Reza a lenda que certa vez, ao passear pelos seus domínios, o duque de Bragança, pertencente à poderosa dinastia que governava Portugal desde 1640, foi abordado por um frade franciscano que lhe pedia uma esmola. Com mal humor, o duque em vez da ajuda deu-lhe um pontapé. Em contrapartida, o frade rogou-lhe uma maldição segundo a qual nenhum filho primogênito da real dinastia viveria o suficiente para herdar o trono do pai. De fato, foi exatamente o que aconteceu desde então em todas as gerações dos Bragança, sem exceção."
Sem exceção!
Aquelas duas palavras martelavam na minha cabeça com um pavor inimaginável. Achava eu que ao entrar escondido na biblioteca de meu pai eu nada encontraria além de documentos reais sem-graças ou algum tipo de suspense interior.
Entrei na biblioteca de papai apenas por diversão. Um garoto de 11 anos tem o direito de tentar combater o tédio que é uma corte real. Quando vi o lindo livro púrpura com o meu sobrenome na capa eu sabia que deveria lê-lo. Andei pé-ante-pé até a estante, torcendo para que ninguém entrasse e me visse no flagra. Com muito esforço consegui tirar o livro de lá, mas caí junto ao carpete e tive sorte de o grosso tapete ter abafado o barulho da queda.
Abraçando aquele enorme objeto, corri para debaixo da mesa de meu pai, olhei para os lados e comecei a folhear o livro sedutor. No primeiro capítulo porém, me deparei com a maldição dos Bragança, algo que eu não sabia.
Eu era um primogênito da dinastia Bragança. Daqui há 7 anos eu estaria apto a me tornar herdeiro, se minha mãe falecesse.
Mas agora essa maldição mudava tudo.
Isso queria dizer que eu estava destinado à morrer?
P.S: mini introdução da nova série de historinhas aptas a serem webnovelas que estarei trazendo!!
Espero que gostem!!!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Beleza Infantil

Meu irmão ainda é criança, então passo muitas vezes por situações onde sinto quase que uma inveja dele. A infância é uma época da vida onde não nos preocupamos se somos bonitos ou feios, se a educação, a saúde ou a inflação do país está prejudicando as pessoas ou no que os que nos rodeiam pensam das nossas ações. Simplesmente brincamos o dia todo, sorrimos ao vencer um jogo e explodimos de alegria ao ir para a escola e encontrar os amiguinhos.
Tudo era tão mais simples, tão menos pensado, menos racional, como dizia Erasmo de Roterdã em "O elogio da loucura". Ao crescer começamos a deixar que os problemas tomem conta da nossa cabeça. As pressões e o reconhecimento de que a cada momento em que ficamos mais velhos a sociedade cobra mais de nós nos sufoca, nos estressa. Vivemos escravos do espelho, sempre preocupados com aparências e estereótipos. Amizades surgem por interesse, você começa a enxergar nos outros uma concorrência que não existia. Não nos divertimos o suficiente, não cantamos em um karaokê ou brincamos em uma cama-elástica pelo pensamento de que "o que os outros iriam pensar?"
O que mais me incomoda é que sempre que me lembro da minha época de criança me recordo de situações onde eu desejava desesperadamente crescer, ser adulta, poder fazer coisas e tomar atitudes de "gente grande". Agora olho para trás e vejo como éramos felizes na infância e não percebíamos. Porém o crescimento tem sua beleza, é claro! A ingenuidade e a intensidade da infância não seriam compatíveis na adolescência, nem a vitalidade e as dúvidas adolescentes encaixariam na vida adulta. É a vida!
Cada fase traz uma felicidade diferente. É claro que, levando-se em consideração de que na infância praticamente não tínhamos problemas, sempre dá aquela saudade desse tempo. Mas a beleza de ser criança não precisa ser totalmente perdida. Não precisamos parar de nos divertir, não precisamos nos estressar por motivos efêmeros nem nos apegar excessivamente à beleza exterior. Os outros? O que eles pensam? Quem importa? Vai se estressar com isso? Nem eu!
Um grande abraço!!
Thaís O. Brito

terça-feira, 7 de junho de 2011

Resquícios Frios - Capítulo 2

1960, Em algum lugar sobre a Europa - Dias depois
Poucos dias depois, apresentei-me à sede da KGB para receber minha missão com detalhes. Meu superior passou-me uma maleta com meu material de espião, as coordenadas e o objetivo a ser cumprido. Ao ler o que estava escrito tremi por dentro ao pensar no quanto a minha missão era arriscada, mas senti orgulho ao pensar que se fui escalado para tal missão, deveria ter sido por meus méritos dentro da agência.
Logo após isso fui indicado à pista de embarque da KGB, onde eu receberia um jato e teria de voar até o Egito, país considerado neutro no cenário da Guerra Fria, assim como a maioria do continente africano, pegar um vôo comum e dirigir-me aos EUA. Meu treinamento havia me preparado para situações onde eu mesmo teria de pilotar um avião ou um jato, então esperava que até o Egito eu partiria em missão sozinho.
Entrei no jato URSS-K 002, coloquei minha bolsa com o material em uma das poucas cadeiras que haviam para possíveis passageiros e segui até a cabine do piloto. Posso afirmar que fiquei altamente surpreso ao chegar lá e dar de cara com mais uma pessoa sentada na cabine. No lugar do piloto, estava uma mulher alta, cabelos cacheados castanho arruivados, semipresos, pele branca e olhos claros, olhando para mim para ter certeza de que era mesmo eu que havia entrado.
__ Agente Aleksandra Slavinsky, sua parceira de missão e atual piloto dessa aeronave.__ disse ela, levantando-se e apertando a minha mão como cumprimento.__ pedindo permissão para decolar.
__ Ah, pensei que eu fosse pilotar a aeronave. __ disse, meio perplexo.
__ Algum problema em uma mulher bonita pilotar o jato?__ perguntou ela, com ar de brincadeira.
__ Não, problema nenhum!__ disse, tentando disfarçar a decepção de perceber que eu não teria um jato só meu nessa missão. É claro que alí estava eu, com ar altamente profissional e focado na missão, mas não podia negar que ela era realmente uma mulher muito bonita.__ Vai precisar de um co-piloto?
Ela sorriu para mim, assentiu e indicou a poltrona ao lado. Acionou alguns botões, pediu permissão à torre para decolagem e alçamos vôo em direção ao Egito. Tinha de admitir que ela era altamente competente e, ao contrário do que eu imaginava, a viagem não foi tão tensa. Conversamos sobre como entramos na agência, o que havia nos levado a esse trabalho, rimos dos nossos nomes falsos e dos disfarces que deveríamos usar para não sermos reconhecidos e mal percebamos quando pousamos em solo egípcio. Cairo, a capital!
Deixamos o jato na pista de pouso internacional e saímos de lá como Brendon e Diana Peters, casal americano constituído por um homem alto, barba rala (odeio barba!), cabelos loiros lisos e óculos de grau e uma mulher loira, cabelos curtos repicados, olhos castanhos e aparência extravagante, como uma socialite capitalista. Tentava ver a parte dos disfarces como a parte divertida da missão, e não tinha dúvidas de que eu e Aleksandra estávamos morrendo de rir um do outro por dentro.
Pedimos um táxi e nos dirigimos até o aeroporto, onde nosso avião até Washington iria partir às 16:00. Como ainda eram 14:00, havia tempo para fingir ser uma família comum de turistas sem sermos percebidos por alguém. Havia aprendido por experiência própria que nem sempre país neutro significa país isento de equipes de agências secretas. Enquanto estávamos no táxi, vi de relance as pirâmides ao longe e a famosa Esfinge, monumentos belíssimos de uma época de prosperidade e auge da cultura egípcia. Quis por um momento parar e realmente visitar os lugares, conhecer a cultura, mas voltei a pensar na missão e desejei que um dia eu pudesse trazer Valeska para visitar esse lindo lugar sem me preocupar com a hipótese de sermos mortos.
Ao chegarmos ao aeroporto, despachamos as "malas", quase vazias, e ficamos perto da entrada de embarque, sondando a todo momento se algum suspeito estava à espreita. Aleksandra havia incorporado bastante o papel, quem a visse nunca suspeitaria da sua real identidade, então tentei fazer o mesmo.
Dado o horário do vôo, dirigímo-nos à entrada de embarque, como se fossemos um casal comum. Passamos sem problemas, mesmo sendo nossos passaportes e identidades falsas, entramos no avião e nos acomodamos bem. Estava começando a relaxar quando percebi que 3 pessoas, dois homens e uma mulher, com perfis altamente suspeitos, haviam entrado também no avião.
Logo depois, os portões foram fechados e precisávamos nos preparar para decolar. Porém algo dentro de mim me avisava que estávamos sendo perseguidos e que talvez o avião fosse o lugar ideal para ser implantada uma armadilha.
Nossa primeira surpresinha implantada pela CIA.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Amigos nem sempre são pessoas!

Eles são engraçados, carinhosos, divertidos, estão ao seu lado sempre que você precisa, topam uma boa brincadeira e te amam! Mas não são seres humanos até que se prove o contrário! São cachorros, gatos, coelhos, enfim, são animais de estimação, ou amigos de estimação, como prefiro chamá-los. Quem nunca teve vontade de ter um deles? Quem nunca passou por um petshop, viu vários filhotinhos e quis levar um deles para casa? Todos nós (ou pelo menos a grande maioria), não é mesmo?
Sinceramente, fico abismada com o quanto a gente se apega ao nosso bichinho. Um computador quando quebra, pode ser substituído sem problema. Uma câmera, quando velha, ninguém mais quer saber. Uma planta quando morre, não é muito alvoroço. Porém ninguém quer trocar seu gato ou seu cachorro quando ele fica doente. Ninguém acha que um outro bichinho vai fazer você esquecer o outro que se foi, porque eles eram seus amigos também. Eles dormiam na mesma casa que você, assitiam televisão com você, aturavam seus momentos de revelação cantando ou dançando pela casa sem reclamar e mesmo assim te amavam.
Já foi comprovado cientificamente que animais de estimação melhoram seu humor, sua auto-estima e estimula uma vida saudável. Crianças com câncer que recebem visitas semanalmente de filhotinhos para brincar melhoraram seu quadro de doença significadamente. Contudo, ainda há pessoas desumanas a afirmar que dizer que um animal pertence à família é exagero e futilidade. Acredito que essas pessoas ou nunca tiveram um animal de estimação, ou são frustrados porque sempre quiseram e nunca poderam ter.
Eu sempre quis ter um cachorrinho (não só 1, mas enfim XD), vivia pedindo aos meus pais, mas eles achavam que eu era pequena demais para cuidar de um bichinho. Mesmo assim, depois de muitas insistências, ganhei no meu aniversário de 8 anos o melhor presente da minha vida: minha Minie! Uma pequena poodle branca que já me acompanha há 10 anos e que sem dúvida é motivo muitas vezes de riso, de brincadeiras, de preocupação, de broncas, de dar banhos sem vontade e de levar ao veterinário. Ela é rabugenta, esnobe, metida, melosa, carinhosa, preguiçosa, divertida, companheira e acima de tudo, minha amiga de estimação!
Meu conselho de sempre? kkkkkk, se você nunca teve um bichinho, já pensou em porque não? Garanto que sua vida vai melhorar bastante com eles. Se você tem o seu, sabe e concorda com o que falei, não importa o quão teimoso e estranho seu "pet" possa ser. Se até John Grogan, autor de Marley e Eu, confessou o quanto era bom tê-lo em casa, porquê nós não?
Um grande abraço!!
Thaís O. Brito