Palavra Laureada
domingo, 14 de agosto de 2016
Sobre Amputações
quinta-feira, 12 de maio de 2016
O que é o amor?
domingo, 8 de janeiro de 2012
Qual o tamanho do seu problema?
Uma vez, vi em um filme algo que me chamou a atenção. Um dos personagens dizia que, quando você pede algo a Deus, a exemplo da paciência, Ele não te dá pronta, Ele te coloca em situações de confronto onde você precise de paciência, para que você possa, aos poucos, adquiri-la.
Eu sempre quis ser vista e lembrada como uma mulher sábia. Ultimamente, sempre pedia a Deus que me concedesse sabedoria, mas por um momento eu me esqueci do conselho acima. Quando menos percebo, várias pessoas, de uma só vez, me procuram para conversar, contar seus problemas, suas dificuldades, cada uma mais complicada do que a outra, e pedir meus conselhos. Eu nunca fui o tipo de pessoa que tem a palavra na ponta da língua para consolar alguém, mas eu precisava ajudar aos que necessitavam de mim, precisava ser sábia para aconselhar à luz da palavra de Deus.
Contudo, Deus tem me usado e me capacitado de uma forma que só Ele sabe. E entrando em contato com inúmeros problemas de várias pessoas, percebi alguns erros comuns, mas que não podem existir, e é esse o tema que eu gostaria de tratar hoje.
- “Deus me abandonou!”
O primeiro erro que é observado é um sentimento de abandono: ou você acha que Deus te abandonou, ou acha que tudo o que está acontecendo foi porque você o abandonou. É preciso entender que NUNCA acontecerá a primeira suposição e que nem sempre está acontecendo a segunda. Muitas vezes, Deus está testando a nossa fé nEle, a nossa fidelidade nos momentos difíceis. Ele veio para aliviar as nossas cargas, tomar de nós as nossas incertezas e dificuldades, e dar a direção correta das nossas vidas.
“E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” Mateus 28:20b
Olha que promessa maravilhosa! Jesus prometeu estar conosco, estar ao nosso lado TODOS OS DIAS! Ele não te abandonou e muito menos é a causa do seu problema, pelo contrário: Ele é a SOLUÇÃO!
2. “Esse tormento nunca vai acabar!”
Outra afirmativa que escuto bastante é essa. “Isso está longe de terminar! Cada dia piora, eu sou azarado (a), isso não vai ter fim, esse deserto se instalou de vez na minha vida...” Isso não é verdade! Nenhum deserto dura para sempre, nenhuma chuva é eterna. Esse é o momento que Deus te dá para nos achegarmos a Ele e para que Ele trabalhe nossas vidas nos momentos de dor e de tribulação. Os vales, desertos, mares, chuvas, são passageiros. Os leões, como gosto de chama-los, não vão nos devorar, pois perto do Deus que nós seguimos, eles são como filhotes de gatos sem garras e sem dentes! No findar disso tudo, a bênção e a vitória serão como um arco-íris no nosso céu, como um oásis, como o topo de uma montanha. Basta confiar em Deus e prosseguir.
“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” Jó 42:2
3. “Posso sair dessa sozinho!”
Péeeeeee! Errado! Um dos maiores erros que se pode cometer é achar que você pode sair desse problema sozinho. Você não é nenhum super-herói/heroína, você não tem controle sobre tudo e a sua força, sozinha, não é nada! Mas coloque-se debaixo da vontade de Deus, deposite seus problemas, seus anseios, suas dificuldades nas grandiosas mãos dEle, que aí veremos uma imensa diferença. Assim sim, a vitória é CERTA! Mas temos o horrendo costume de apenas recorrer a Deus quando já tentamos de tudo sozinhos e não conseguimos. Então afirmamos a célebre frase “agora só Deus!” e colocamos nas mãos dEle. Tão fácil seria se tivéssemos depositado nossa fé em Cristo desde o início...
“Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” 1Pedro 5:7
Uma vez ouvi uma mensagem tremenda em cima desse versículo, que dizia a respeito do verbo “lançar”. Quando você lança algo, você reúne toda sua força, para jogar algo o mais longe que você puder. Isso é lançar. Então quando dizemos “Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade...” não quer dizer apenas colocar, não quer dizer deixar nas mãos de Deus, mas se preocupar , se estressar e sempre pensar no problema. Significa realmente jogar o dilema o mais longe possível de você, porque Ele cuida de nós.
Qual o tamanho do seu problema? Quantos são? São impossíveis? Não importa! Não há dilema maior do que o nosso Deus, não há NADA que Ele não possa fazer e todas as coisas cooperam para o bem daqueles que o amam. Agora pode estar sendo difícil, sufocante, insuportável, lá na frente, entretanto, você olhará para trás e perceberá o agir tremendo de Deus na sua vida nesse momento de deserto. Você perceberá que superou os leões e saiu da cova melhor do que antes, verá os inúmeros livramentos que Deus te proporcionou e finalmente entenderá que Deus nunca te abandonou, que a tribulação é passageira e que sozinho, você nunca conseguiria passar por ela.
Espero que tenha tocado ao coração de vocês. Demorei um tempo para voltar a escrever, mas Deus tem me trabalhado muito, para que eu sempre possa dar o meu melhor para Ele e estar atenta ao que Ele quer que eu escreva. Acho que o tamanho do texto vale o tempo que fiquei off, né? XD aushaushaush
Um grande abraço, fiquem com Deus!
Thaís Oliveira Brito
P.S: estou colocando o vídeo de uma das músicas que mais gosto, e que sempre toca o meu coração quando a escuto, espero que também toquem no de vocês!
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Sobrevivendo à Cova
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Calçando as Sapatilhas
"Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu." Romanos 5:3-5
Nunca fiz balé, mas acho lindo! Muitas vezes converso com minha prima sobre isso, já que ela faz aulas há alguns anos e não abre mão delas por nada. Um dia ela veio contar-me com um sorriso enorme que entraria na turma de sapatilhas de ponta, um estágio que necessita de extrema dedicação e perseverança. Perguntei-a se não tinha medo de deformar os pés, como acontece com muitas bailarinas. Ela apenas disse, com os olhos brilhando: "Balé é o que eu amo fazer! A dor é o que menos importa!"
Levando para um sentido mais amplo, quem dera fossemos como bailarinas quando se trata das coisas de Deus. Como seria bom se o nosso amor e a nossa dedicação por estar dentro da obra e dos planos de dEle fossem tão grandes que nem nos importássemos com as tribulações! Uma bailarina precisa ser dedicada, perseverante, precisa colocar como meta superar os obstáculos e necessita amar aquilo que faz! As dificuldades, as quedas, as bolhas nos dedos e as deformações nos pés surgem para dar a elas resistência e experiência.
A Palavra diz que as tribulações produzem perseverança; a perseverança produz experiência; e a experiência, esperança. Da mesma forma que uma bailarina passa pelas dificuldades, mantém perseverança, constrói sua experiência e continua na esperança de aperfeiçoar-se, assim devemos ser! Não devemos desistir na primeira queda, não podemos resmungar e desanima à primeira bolha. Pessoas virão para te ajudar, como da mesma forma virão os que tentarão te fazer desistir. Desistir dos seus sonhos, da sua vida, de Deus.
Ah, quantos caem por desistirem dos planos de Deus! Acham que é dEle a culpa pelo que estão passando, e ignoram o fato de que somente Ele é a solução! A Bíblia também diz que o amor de Deus foi derramado no nosso coração, que nos dá a esperança. Tendo consciência e se entregando a esse amor, poderão vir as quedas, os tombos, deformações, o que for, teremos sempre a certeza de que Deus está conosco, ajudando-nos a levantar e incentivando-nos a continuar! Tudo isso para que, lá na frente, possamos entrar no palco, desempenhar nosso papel e recebermos a vitória!
Sejamos mais apaixonados pela obra de Deus, nos entreguemos mais aos seus braços, tendo certeza que as tribulações devem nos aperfeiçoar, não nos fazer desistir. Que nós não venhamos a desistir de nós mesmos, dos nossos sonhos, nem penduremos as chuteiras sapatilhas. Vamos seguir em frente, calçar nossas sapatilhas, perseverar e crer em Deus, sempre. O palco está a nossa espera!
Um grande abraço!
Thaís Oliveira Brito
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Senhor, apenas... Obrigado!
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Espelho quebrado - Quando achamos que somos o que não somos!
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Pretérito - 1º Capítulo
Então, ela rompe corredor adentro, de modo frio e insensível. Elegante até. O barulho do salto alto, ao mesmo tempo em que é mínimo, é o único presente naquele corredor da morte, o mesmo corredor onde talvez as piores pessoas do mundo passaram, trazendo a destruição e o desespero. Ela sabia que era a única capaz de mudar isso, a única capaz de trazer a paz novamente.
Ela sabia que o poder estava em suas mãos.
Não podia desapontar a todos.
Não podia dar-se esse luxo.
Já tinha ido tão longe, já havia enganado a todos. Guardas, cidadãos, policiais, generais, e mais outros que entraram em seu caminho. Não poderia ser tão difícil terminar com isso. Todos foram tão tolos em não enxergar a verdade na frente do próprio nariz, porque agora seria diferente?
Enquanto andava, pensava apenas na sua responsabilidade, e que, o que estava prestes a fazer, poderia custar muita coisa.
Até sua vida!
Medo? Talvez, no fundo, ela estivesse, sim, sentindo medo, mas isso era algo que nem sobre a pior tortura ela admitiria, pois precisaria estar com o sangue-frio, mais frio do que aquele o qual ela enfrentaria, aquele o qual ela tinha a missão de derrotar, de encurralar e de mostrá-lo que o feitiço virou contra o feiticeiro.
Respirando normalmente, mas de vez em quando sentindo que a tensão que pairava no ambiente era tamanha que se esquecia de respirar e então soltava o ar de forma intensa, ela para sobre uma porta onde está incrustada o símbolo que era religioso há alguns anos atrás, mas naquele momento era algo que todos como ela temiam, e que a maioria fugiria.
Mas não ela.
Abrindo a porta de modo firme, ela rompe o silêncio mortal com o ranger que ela provoca. Como um ambiente subterrâneo conseguiu expandir dessa forma, ela nunca entenderia. Ao entrar, o que mais lhe chama a atenção, além de um ambiente improvisado em uma sala pequena que sugeriria uma assembléia militar, vê uma mesa, dando de encontro á uma parede com o mesmo símbolo que encontrara na porta, e um exemplar de capa vermelho vivo de Mein Kampf na extremidade da mesa.
E segurando o livro, estava o pior pesadelo do seu povo.
Afinal, ela era judia.
E agora seu confronto iria começar.
De modo totalmente sincronizado, ele percebe pela presença dela, levanta os olhos do livro, de um jeito entediado, mas sereno, e se volta para ela, como se já esperasse pela sua visita, mas isso era impossível. Ele se levanta, coloca o livro aninhado nos braços, como se fosse um filho, e caminha em sua direção, com expressão vazia.
Cada segundo era como uma faca que lhe feria o corpo.
Mas então ele se aproxima cada vez mais, mudando sua expressão á cada passo em que se direciona á ela, mas Sophia sabia que era apenas mais uma de suas artimanhas para afugentar e amedrontar aqueles que não caíram aos seus pés. Não seria á toa que os truques de oratória que esse monstro era capaz de fazer havia levado muitos á loucura de seguir seus ideais. Ela sabia, e no momento em que estava cara a cara com ele, seus rostos realmente se transformaram, ela era a Judia que colocaria um fim no Nazismo, e ele era...
PÉEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEM
___ AHHH!___ pulei da cadeira ao ser despertada e perceber que eu não estava em Berlim, e não era a judia que colocaria um fim no nazismo, mas era apenas eu, Sophia Videira, uma garota tímida de 16 anos em que a única coisa a qual é capaz de salvar é a si mesma de ficar em recuperação do colégio.
Ah, comentei que estou no colégio agora?
Pois é, eu estou!
E agora a sala inteira olha para mim com cara de espanto, procurando, ao modo de cada um___ o que não quer dizer lá coisas boas___ saber qual é o meu problema.
Pois é, eu também gostaria de saber.
___ Tudo bem pessoal, por hoje é só. Estão liberados. ___ Enquanto o professor fala, pouco a pouco meus colegas de classe vão parando de me encarar e seguem em direção á porta, e minha melhor amiga (e única) Nicole Amorim, uma garota linda, com cabelos curtos desfiados na altura da nuca e ruivos naturais, olhos verdes e sardas quase que imperceptíveis, o que dá a ela
um charme incrível, além de ser alta e com um corpo perfeito, vêm em direção á minha carteira, com aquele ar de mãe compreensiva que eu conheço muito bem:
___ Alo-ou? Terra para Sophia! Em qual mundo sua cabeça estava, mocinha?
___ Não, não. Só estava tão concentrada na aula que tomei um susto quando o sinal tocou.
___ OK, vamos fingir então que eu não acredite nessa sua história, e que agora você resolve me contar a verdade! Qual o motivo da sua viajada legal na maionese?
___ Nenhum em especial, estava apenas lembrando da briga que tive com minha irmã ontem. ___ Menti, confiando na minha capacidade de parecer tranquila e cruzando os dedos para que Nicole não insistisse no assunto ___ Estava pensando em uma forma de me reconciliar com ela, e você sabe como é minha irmã. Se eu não pedir desculpas, ela nunca dará o braço á torcer!
___Hum, eu sei. Desejo-lhe sorte então! Acompanha-me até a saída?
___ Tudo bem.
Então, nos dirigimos a saída, falando sobre coisas banais, ou melhor, minha amiga falava e eu só acenava com a cabeça para mostrar que eu entendia e que dava atenção ao que ela dizia. Mas isso é o meu normal: silenciosa e quieta.
Minha mãe me aguardava no carro, com minha irmã Ester sentada no banco traseiro. Ester é apenas um ano mais nova do que eu, e se você analisar essa situação, isso ás vezes pode ser bom ou ruim. É bom ter uma confidente em casa, ter alguém para desabafar a qualquer hora.
É, seria legal.
Se nós não fôssemos completamente diferentes.
Na maioria do tempo me sinto uma deslocada. Enquanto minha mãe dirigia e perguntava como foi o meu dia, eu murmurava um “normal” e me perdia olhando pela janela, apenas com o eco da voz da minha irmã contando minúcias do seu dia de aula. Seus cabelos cor de amêndoa, extremamente lisos eram jogados de um lado para o outro enquanto ela falava,piscando seus olhos castanhos cor de chocolate de modo sincronizado, totalmente empolgada, totalmente... O meu oposto.
Já havia cansado de contar quantas pessoas estavam com a farda do meu colégio para me distrair quando enfim chegamos em casa. Minha casa fica situada em um bairro tranquilo, calmo, mas nem por isso escapa das preocupações sobre segurança da minha mãe. Nossa residência possui primeiro andar, com duas varandas, uma no meu quarto e outra no quarto de Ester. Não gosto muito de contestar decisões e virar a garota rebelde, mas ter uma varanda só minha sempre foi um dos meus sonhos, e quando minha mãe perguntou o que queríamos na nossa nova casa foi a primeira coisa a qual eu quis. Não é preciso comentar que minha irmã quis o mesmo, não é? Foi um trabalho enorme para o engenheiro conseguir uma casa com duas varandas de boa vista sem que ela parecesse um ÓVNI*, mas sei que ele fez um bom trabalho.
Corri para o meu refúgio particular, abri as cortinas e fiquei olhando a vista da nossa enorme rua arborizada á minha frente, com a torre da catedral vista ao fundo. Joguei-me na cama como estava e tirei os tênis com os próprios pés, deixando-os cair no chão sem fazer idéia de aonde eles iriam parar. Depois comecei a repassar em minha cabeça tudo o que havia acontecido no dia, e lembrei-me da minha fantasia sobre a menina que salva o mundo dos desastres históricos! Sophia: A invencível.
Ah tá, conta outra!
Só em sonhos mesmo!
Ri da minha própria insignificância enquanto ia aos poucos caindo no sono. Totalmente vestida com a farda do colégio, e com as meias nos pés, adormeci.
E sonhei.
Sonhei que estava na Grécia Antiga, mais precisamente em Atenas, ou pelo menos era isso o que parecia. Estava em um lugar aonde era perfeitamente igual ás gravuras dos meus livros de História aos quais eu amava tanto. Ornamentos dos mais trabalhados, pilastras daquelas que hoje em dia só existem em ruínas, mas estas estavam perfeitas, pessoas com roupas totalmente diferentes das quais eu estava costumada a vestir, e logo á minha frente estava um aglomerado de homens falando alto. Resolvi me aproximar e observar o que estava acontecendo.
Homens com extrema eloquência debatiam política em um espaço aberto, rodeado por algumas pilastras e algo parecido com bancos. Acho que já vi isso em algum lugar, mas não me lembro o nome disso. Algo como... Lagoa, não... Mágora, não... Anágora?
LEMBREI! Ágora!
O lugar aonde os Cidadãos de Atenas se reuniam para debater Filosofia e Política.
Hum, estou sonhando que estou em Atenas na época de seu apogeu, que massa!
É, minhas aulas de História e minhas leituras estão firmes em minha cabeça mesmo nos sonhos. Que maravilha!
Aproximei do aglomerado de homens e comecei a ouvir o que eles falavam, quando de repente um a um pararam e começaram a me encarar___ Incrível como não importa onde eu esteja, sou sempre encarada por um grande grupo de pessoas ___ Até que, o que parecia ser o líder deles, gritou para mim com voz nem um pouco amigável:
___ O que fazes aqui, mulher? Onde estás teu pai e teu marido?
___ Não estão aqui senhor, apenas quis ouvir o debater dos senhores.___ Tentei entrar no papel e falar de acordo com o que deveria ser o modo de falar local, mesmo sabendo eu que, como isso é um sonho, não há necessidade disso.
___ Como pode, uma mulher, querer ouvir o debater de homens? Deveria estar com as outras no Gineceu, á tecer e fazer coisas dignas da tua espécie.___ O que parecia ser o mais velho deles falou, seguido por um murmúrio de aceitação dos que estavam a sua volta.
Alo-ou. Dignas da tua espécie? Quem ele pensa que é? Não existe mais isso hoje em dia. Existe uma coisinha hoje chamada direitos iguais! Será que ele não sabe o que é isso?
Se bem que, naquele tempo uma mulher era pior do que lixo.
Que sonho maravilhoso o meu, não? Olha aonde eu parei dessa vez!
___ Deves ser como as desertoras, que fogem de suas responsabilidades! ___ Gritou o que estava ao meu lado. Nossa, para um sonho, eles falam muito alto!
___ Não, não ___Tentei, falar, mas ninguém me ouvia.
___ Peguem-na! ___ Gritou o líder. E nessa hora, sabia que não adiantava tentar falar. Apenas murmurei um “droga” e corri. Corri como nunca na vida, chocando com as pessoas que encontrava no caminho e saindo em disparada, só ouvindo os gritos das vozes masculinas atrás de mim. Eu sabia que estava em um sonho, e que, não importasse se eles iam me pegar ou não, eu iria acordar de qualquer maneira, mas algo mais forte me mandava evitar que eles me pegassem. Enquanto corria, desesperada, coisas começaram a passar raspando ao meu lado, com uma velocidade surpreendente. O que eram aquilo? Flechas?
Eram sim, flechas.
Uma delas me pegou de raspão e cortou o meu braço, mas eu não podia parar e sentir a dor. Precisava engolir o choro que surgiu mesmo sem eu querer e correr, correr mais. Porque eu não acordava? Esse sonho já deu, vamos para outro! O sangue escorria pelo meu braço, minha visão começava a embaçar e minhas pernas latejavam. Corri até um beco e me escondi ali, quando de repente, senti uma mão tapar minha boca e me senti sendo puxada.
Então eu acordei.
Enquanto ofegava, de volta ao meu quarto, percebi que tudo não havia passado de um sonho ruim. Eu estava deitada no meu quarto, com a farda do colégio, a porta da varanda aberta dava para a vista da minha rua e eu ouvia o som da voz da minha mãe chamando-me para almoçar. Tudo estava bem. Mas de repente senti uma dor aguda no braço.
E quando olhei, ele estava cortado.
Um corte que só poderia ser feito por uma flecha.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Agradecimentos e Desculpas
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Anjos sem asas
E cada vez que eu desviar, Senhor me ajude a Te encontrar
Pois cada vez que me chamar, eu quero seguir."